PROGRAMAÇÃO AGOSTO 2013

Dia 2
22h00
Música
Entre Cante e Piano

Dia 10
22h00
Música (Fado)
Mar de Tanto Amar com Dora Maria
Rede ARTE SUL
Co-Financiamento INALENTEJO/QREN/UE

Dia 24
16h00
Música para Bebés
Babelim pela Companhia de Música Teatral
Serviço Educativo
Co-Financiamento INALENTEJO/QREN/UE

BABELIM

Serviço Educativo
24 Agosto - 16h00
2€

Pela Companhia de Música Teatral

Babelim é uma experiência artística centrada na música e no movimento. É uma obra aberta que conjuga quadros contemplativos e momentos participativos, e resulta do trabalho de exploração, fruição e investigação realizado com pais e bebés, educadores e artistas que ao longo dos dois últimos anos têm partilhado as várias etapas do Projecto Opus Tutti. Em particular, dos workshops Afinação do Ouvir e Afinação do Brincar. Lugar de liberdade, partilha e autenticidade, de cruzamento de percursos, forma de festejar o ”momento presente” através da música, da voz e do corpo.
Babelim é uma linguagem. É também um lugar. Uma paisagem, um conjunto de quadros sonoros e visuais, ora apresentando um grau de indeterminação muito elevado; ora envolvendo sonoridades complexas, ora outras muito simples. Em Babelim, o piano é elemento central - útero ressoador e másculo, ponto de partida para um fluxo de comunicação entre todos, envolvendo a participação de várias pessoas, bebés, crianças e adultos, artistas profissionais e a própria audiência.
Babelim pode ser visto e ouvido de muitas formas diferentes. Babelim é regaço, campo branco, comunidade em vibração. Jardim Zen, robusto e florido. De papoilas e sons de água. Babelim proporciona um olhar sobre uma arte inspirada em afectos, uma experiência artística que resulta de vários percursos anteriores realizados com diferentes pessoas e que se renova de cada vez que acontece. É uma experiência participativa fluida em que cada espectador é convidado a encontrar a harmonia do momento.
Babelim é um termo inventado para designar a forma de comunicação que precedeu a linguagem. Feita de sons, imagens, movimentos, falado-cantado-dançado pelas pedras, plantas, animais e humanos. Perdeu-se com o tempo e com a pressa de nos tornarmos grandes. Mas os bebés, e as mães, ainda o falam.

Ficha Técnica e Artística
Concepção e Produção Companhia de Música Teatral
Direcção Musical e Artística Paulo Maria Rodrigues
Artistas Convidados Pedro Ramos, Sara Costa
Criação Plástica Ana Guedes
Coordenação Geral Helena Rodrigues

Co-Financiamento

MAR DE TANTO AMAR

10 Agosto - 22h00
3€ - M6

O espetáculo Mar de tanto Amar conta com a apresentação do trabalho discográfico da fadista Dora Maria.
Dora Maria Valente Caldeira, nasceu por mero acaso em Lisboa, já que as suas origens são alentejanas, de Nisa.
Veio no entanto aos 7 meses de idade para a cidade Abrantes. Daí haver uma miscelânea na sua forma de ser e de estar um toque das planícies alentejanas com laivos das planícies ribatejanas.
Desde tenra idade começou a ouvir fado, primeiro na voz de sua mãe que a embalava ao som do fado e foi mesmo com ela que cantou os primeiros versos.
A primeira vez que pisou um palco tinha 5 anos de idade e cantou mesmo sem músicos. O gosto pelo palco surgiu nesse dia…
Depois durante a sua adolescência afastou-se um pouco do fado. Cantou no coro da igreja onde foi responsável pelo coro litúrgico, também cantava em vários eventos musicais.
Em 1992 foi viver para a cidade de Beja, cidade que acolheu enquanto estudante universitária.
Durante os 5 anos que lá permaneceu foi solista da Tuna Académica da Escola Superior de Educação de Beja (Tunãbêjas) e dois dos quais foi Magister Tunae da mesma.
Também foi em Beja que em tertúlias de amigos todos eles ligados à música que o fado veio para ficar na vida de Dora Maria. Cantava-se muito nessas tertúlias, vários estilos de música, mas Dora sempre pedia que tocassem fado para ela cantar. Francisco Fanhais, grande amigo e companheiro dessas tertúlias, sempre lhe dizia que o fado era a sua canção. Começou então a cantar em várias noites fadistas na região de Beja, onde se cruzou com fadistas alentejanos tais como António José Zambujo e Ana Sofia Varela.
Em 1998, um grupo de artistas argentinos que iriam actuar no Pavilhão da Argentina na Expo 98, ao ouvi-la cantar num bar em Beja, convidou-a para fazer umas apresentações especiais no seu espectáculo. Recusou. A conclusão do seu curso que se estava avizinhar falou mais alto. Mais uma vez o sonho foi adiado.
Regressou à cidade de Abrantes. Deixou de cantar fado durante cerca de 6 anos. Até que um dia foi convidada para actuar numa noite de fados no Cine-Teatro de S. Pedro em Abrantes. Aí teve a certeza que a sua vida não fazia sentido sem cantar. Desde aí não mais parou. Pertenceu a um grupo de fados de Abrantes, cantou em vários sítios de norte a sul do país e fora além-fronteiras (Londres, Leicester, Genéve, Toulouse, Tours, Salamanca, Vigo, Zurique, Lichenstein, Davos).
Muitos têm sido os músicos que a acompanham, nomeadamente: João Chora, Bruno Mira, Custódio Castelo, José Manuel Bacalhau, Carlos Velez, Manuel da Gama, Gilberto Silva, Fernando Silva, Custódio Magalhães, entre outros…).
Um dia ao escutar um fado de Amália que dizia assim “Olha a ribeirinha que sonhou ser um rio, sonho de grandeza de ribeira presa que vai com certeza deixar de sonhar” sentiu que era essa ribeirinha mas com muita vontade de ser rio e nunca deixar de sonhar.
Quis o destino que tivesse encontrado vários afluentes que com as suas águas cristalinas e de forte corrente tivessem aumentado o seu caudal. Chegou o momento deste rio desaguar neste projeto a que chamou “Mar de tanto Amar”.

Elenco
Fadista Dora Maria
Guitarra portuguesa Bruno Mira
Viola fado João Chora
Acordeão Bernardo Fouto

Rede
Co-Financiamento


ENTRE CANTE E PIANO


2 Agosto - 22h00
3€ - M6

Com
Amílcar-Vasques Dias, Joaquim Soares e Pedro Calado


Entre cante e piano é uma proposta invulgar no âmbito da música de câmara contemporânea. Apresenta a interpretação de modas do cancioneiro tradicional alentejano, pelas vozes de Joaquim Soares e Pedro Calado, cantadores do Grupo Cantares de Évora, ao som do piano de Amílcar Vasques-Dias. A relativa simplicidade da estrutura melódico-harmónica das modas - que contrasta com a enorme riqueza e diversidade de sentimentos subjacentes nos textos poéticos também impregnados de profunda espiritualidade - exige dos dois intérpretes uma delicada capacidade de invenção-improviso na ornamentação da palavra-melodia, talvez a essência da arte do cante alentejano na procura da emoção. O piano, não tendo propriamente a função de instrumento acompanhador, sendo antes um ninho-berço de harmonias, timbres e de gestos-ornamentos, enlaça o devir das duas vozes no caminho da expressividade. Entre cante e piano é uma música intensa, envolvente e profunda.